Semana 2: o que você tem feito para resgatar seus valores familiares?
“Ser feliz não é acreditar que não precisamos mudar, é perceber que podemos.” – Shawn Achor
No princípio da humanidade, nosso Criador já vislumbrou a necessidade de construir famílias, criando o homem e sua mulher dando a eles o dom de gerar novas vidas, multiplicando os povos em todo mundo.
Quando o conceito de família integrou-se em nossa sociedade, os papéis de cada membro logo começaram a ser constituídos, e o pai tinha como missão maior ser o provedor no sustento e o reprodutor de seus descendentes. Já a mãe tinha como missão gerar, dar a luz e cuidar da criação dos filhos e seus afazeres domésticos.
E assim podemos discorrer em toda nossa literatura a respeito de toda esta evolução familiar e seus papéis na nossa sociedade e no mundo. Também conforme os países perceberam que as culturas, uso e costumes têm grande influência no modo dos quais os marcos históricos aconteceram e fizeram muitas histórias ao redor do mundo, que certamente é muito vasta e peculiar em outros aspectos das áreas da vida.
Mas, esta pesquisa não visa este foco, e sim um direcionamento para as famílias de origem ucraniana, com raízes eslavas, muito conservadoras, religiosas, com valores e princípios rígidos e trabalho árduo. Estamos nos referindo a uma pequena cidade no interior do Paraná, na qual existem mais de cem famílias desta natureza e que de lá muitos jovens buscaram quebrar estes paradigmas e buscavam mudanças para estudar e viver uma vida que desejavam.
A tomada de decisão era feita desde muito cedo, pois isto mudaria toda trajetória de uma jovem que deixasse seu núcleo familiar e seus afetos, para buscar estas mudanças através dos estudos e uma futura carreira profissional, e sem dúvida mudanças relacionadas à família, papéis, filhos e independência financeira.
Mudanças
A cada década percebemos que as famílias vão mudando seus valores como respeito, integridade, honestidade, confiança, fidelidade e fé, assim atualmente têm novas formas de constituição familiar, sentimos a influência da tecnologia em nossas conexões e vemos menos filhos e mais animais, menos integração e diálogo, e com isso o índice de separações vem aumentando significativamente, e geram com isso adultos e filhos doentes emocionalmente.
A busca de ajuda em psicoterapias, coaching, atividades como yoga, relaxamento, esportes, e outras mais vêm em direção a estas necessidades familiares para estruturar e manter as famílias mais autoconscientes e autorresponsáveis para viverem de forma mais felizes e equilibradas.
Segundo ACHOR, Shawn (2012), no seu Livro O jeito HARVARD de ser feliz, os sete princípios da felicidade que não existe um único significado, pois esta felicidade depende da pessoa que a vivencia. Mesmo que hajam inúmeras pesquisas a respeito, os cientistas na maioria das vezes se referem ao “bem-estar” subjetivo. Em resumo, só você pode saber até que ponto é feliz, dentro do seu mundo e mapa mental. Posto isso, ainda depende de seus valores, metas e estado que deseja.
Citado na obra cima, o pioneiro da psicologia positiva SELIGMAN, Martin apud ACHOR (2012) segmentou a felicidade em três componentes mensuráveis: Prazer, envolvimento e senso de propósito. E conforme ACHOR (2012) nós ouvimos, vemos e sentimos o que as pessoas nos relatam sobre felicidade, e na maioria delas esta busca está relacionada com coisas ou bens externos; ao passo que os cientistas relatam nas pesquisas que é um estado de espírito positivo no presente e uma perspectiva positiva para o futuro.
A compreensão do conceito, vivência e busca da felicidade está relacionada a um processo individual de cada ser humano, e quando falamos de família devemos fazer esta contextualização e a relação com seus familiares também.
Em busca da felicidade
E ainda podemos dar um passo neste sentido, quando falamos da felicidade do homem e da mulher, sabendo que eles funcionam de forma diferente como diz CAMARGO, Pedro de em seu livro Eu compro, SIM! Mas a culpa é dos hormônios (2013), somos diferentes na composição cerebral, no processamento das informações, nas necessidades de comunicação, no processo de decisão e por aí vai, mas que nos completamos, para essa jornada da vida.
Acreditamos que vivemos num momento de repensar e compartilhar estas diferenças de crenças, de valores, de conflitos familiares, a falta de afeto, ressentimentos e a ausência de perdão, que afasta os membros familiares de vivermos num ambiente harmonioso de troca, celebrações, gratidão, união e de perdão. A partir do momento em que percebemos o sentido da vida, conseguimos fazer este “repensar” que tanto precisamos, saindo do pensamento automático e crenças nucleares que nos limitam a este avanço em busca do viver feliz, conforme trata a teoria TCC de BECK apud KNAPP (2008). Segundo PRITCHARD, Ray (2006) no livro O poder terapêutico do perdão, a libertação será profunda a quem o concede à autocura leva a patamares de luz e quebra de muitas crenças arraigadas no nosso íntimo.
Nascemos para vivermos uns com os outros, necessitamos de afeto e trocas constantes, mas para isso devemos viver autoconscientes de nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, no aqui e agora planejando nosso futuro, para que nossa vida seja cada vez mais equilibrada e feliz.
Como vemos em filmes (recurso que permite o aprendizado através dos sentidos) e com eles aprendemos muito quando há reflexões sobre o fazer valer a pena o hoje o que estamos vivendo, descobrindo nossos propósitos e o repensar para uma nova vida sobre valores familiares, de como usamos o tempo, como somos pais/mães no cumprimento dos papéis, no construir nos sonhos, no compreender dos erros e falta de perdão.
E agora temos alguns questionamentos: O que temos feito no sentido de resgatar nossos valores familiares? Quais são nossas crenças fortalecedoras e limitantes? Temos vivido no aqui e no agora? Temos percebido o sentido de nossas vidas? Temos dado importância aos gestos, palavras e ações simples?
Considerando nosso histórico familiar, nossa literatura, teorias e livros e todas as ferramentas que conhecemos e estudamos para que identificar onde estamos e o que faremos para mudar e chegar ao estado que desejamos, assim faremos nossa evolução de pensamentos, sentimentos e comportamentos.