Conheça 5 consequências da falta de planejamento na sua carreira

Quem não sabe onde quer ir qualquer caminho serve. Esse ditado é mais do que certo quando se trata do planejamento de carreira. Você fez a sua? Sabe exatamente onde você está e onde quer chegar? Ou é daquele que pula de emprego em emprego e nunca está plenamente satisfeito.

Vou dar o meu exemplo que pode muito bem servir sobre o que é planejar uma carreira. Assim que me formei, atuei em algumas empresas familiares regionais e durante esse período fiz diversas formações para o meu objetivo maior na carreira como gestora de Recursos Humanos.

Eu atuei em empresas quando nem existia essa palavra, Recursos Humanos. Era Departamento Pessoal mesmo. Não havia informatização dos processos e muito menos se falava de trabalhar a liderança. Foi então que construí o planejamento da minha carreira.

Estado atual e estado desejado da carreira

Primeiro, o estado atual, que eram empresas familiares, com processos obviamente precários, relações de trabalho baseadas na amizade de vários anos de confiança. E isso não é demérito. Acontece que eu buscava uma experiência em empresas multinacionais, nas quais eu poderia crescer e desenvolver toda minha trajetória.

Para chegar ao estado desejado, as multinacionais, primeiro me cerquei de vários cursos técnicos que me qualificassem para tal posição. Fiz todos e em várias áreas para entender de estratégia. E assim foi que consegui o emprego na primeira das três pelas quais atuei.

Em todas elas, para alcançar um nível gerencial maior, fui buscar formações não apenas técnicas, mas comportamentais. E foi tão importante que em uma das empresas o pedido foi justamente implementar um programa de coaching com as lideranças.

Qual seu nível hierárquico e onde você quer chegar?

E você, onde está no nível hierárquico das empresas? O que está fazendo para crescer na carreira?

Há três níveis hierárquicos, que definem onde você está na organização. No nível estratégico, estão o CEO, os diretores e acionistas. Eles definem o POR QUE e o QUANDO devem ser realizadas as atividades.

Já no nível tático, estão os gestores, líderes de área, coordenadores. Eles definem o COMO fazer, ou seja, de que maneira a estratégia será cascateada entre os que vão realizar.

No nível operacional, está a base, os analistas, os que atuam apenas para O QUE fazer.

Ao localizar onde você está no nível estratégico, é possível determinar quais as competências que você precisa adquirir para alçar novos voos, que cursos realizar, que leituras realizar, quais treinamentos, enfim, planejar. Um exército só avança quando ele tem todas as informações para realizar o passo de forma acertada. O mesmo acontece com a sua carreira. Você está vencendo essa competição ou ficando para trás?

Falta de planejamento e suas consequências

Aqui eu elenco 5 consequências da falta de planejamento na sua vida profissional

Estagnação: quem não planeja observa que permanece no mesmo lugar. Não pode ser rebaixado, mas também não é promovido. E ano após ano vê os outros sendo promovidos, seguindo a cargos de gestão e muitas vezes essas pessoas têm o locus externo, ou seja, acreditam que a culpa é sempre dos outros. Nunca pensam o que elas podem se autorresponsabilizar para também alcançar novos patamares.

Instabilidade: quem não sabe onde quer chegar se torna refém da situação de estar sempre indo de emprego em emprego, porque acredita que no próximo ela se realizará. Mas apenas está mudando seis por meia dúzia, como dizem. Essa instabilidade não traz lições para que ela possa ficar numa organização e entender o que é preciso para crescer. Ou então esse sintoma me diz o seguinte: esse profissional ainda não encontrou a colocação ideal porque simplesmente não se planejou para nada. Vai ao sabor do vento.

Frustração: profissional sem planejamento se frustra com muita facilidade, porque faz tudo do mesmo jeito sempre igual. Por desconhecer seu perfil comportamental, não sabe quem ele é como profissional, quais são os GAPs, suas fortalezas e então se depara com situações que poderiam ser melhor entendidas para que não se tornassem frustrações.

Vitimismo: a pessoa que não se achou ainda na carreira vive buscando justificativas no porquê determinado líder o demitiu, tem ganhos por agir dessa maneira, coloca a culpa sempre nos outros e nunca tira lições e aprendizados do que pode fazer diferente. Assim, nunca se responsabiliza por liderar a si mesma, suas falhas e possibilidades de crescimento. É um profissional que quando você dá bom dia ele responde: “só se for para você”. Não há ganhos em agir dessa maneira e muito menos no planejamento da carreira.

Escassez: esse é um padrão para quem não planeja a carreira, porque sempre vai estar em meio àquela remuneração e vai achar justificativa para se convencer de que está bom do jeito que está. Sem ambição na medida, ninguém alcança outros voos. E planejar a carreira para isso necessita pagar um preço. Eu, por exemplo, já passei mais de 18 horas na fábrica porque, quanto maior o nível hierárquico, mais você precisa estar disposto à organização. Você está pronto para isso?

O planejamento de carreira é essencial e está acessível a todo profissional que queira de fato crescer na carreira e chegar ao topo. Há preços a se pagar, há uma trajetória para o objetivo final e é preciso ter disposição para que a metodologia do coaching aplicada por mim realize as transformações que são necessárias. #boratransformar