Distorções Cognitivas
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Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem levar em consideração a possibilidade de outros desfechos. Acreditar que o que aconteceu ou irá acontecer será terrível e insuportável. Exemplos: “Perder o emprego será o fim da minha carreira”. “Eu não suportarei a separação da minha mulher”. “Se eu perder o controle será meu fim”.
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Raciocínio Emocional (emocionalização)
Presumir que sentimentos são fatos. Pensar que algo é verdadeiro porque tem uma emoção (na verdade, um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais necessariamente refletem a situação verdadeira. Exemplos: “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim”. “Eu sinto que meus colegas estão rindo às minhas costas”. “Sinto-me desesperado, portanto a situação deve ser desesperadora”.
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Polarização (pensamento tudo-ou-nada, dicotômico)
Ver a situação em duas categorias apenas, mutualmente exclusivas, ao invés de um continuum. Perceber eventos ou pessoas em termos absolutos. Exemplos: “Deu tudo errado na festa”. “Devo sempre tirar a nota máxima, ou serei um fracasso”. “Ou algo é perfeito, ou não vale a pena”. “Tudo foi uma perda de tempo total”.
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Abstração seletiva (visão em túnel, filtro mental, filtro negativo)
Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de toda uma situação é realçada, e todo restante positivo não é percebido. Exemplos: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”. “A avaliação do meu chefe foi ruim” [focando apenas um comentário negativo e negligenciando todos os comentários positivos].
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Leitura Mental
Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis. Exemplos: “Elas não está gostando da minha conversa”. “Ele é uma pessoa má”. “Ele está me achando inoportuno”. “Ele não gostou do meu projeto”.
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Rotulação
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa, ou situação, ao invés de rotular a situação ou comportamento específico. Exemplos: “sou incompetente”. “Ele é uma pessoa má”. “Ela é burra”.
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Minimização e Maximização
Características e experiências positivas em si mesmo, no outro ou nas situações são minimizadas enquanto o negativo é magnificado. Exemplos: “Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”. “Obter notas boas não quer dizer que eu sou inteligente, os outros obtêm notas melhores do que eu”.
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Imperativos (“Deveria” e “Tenho-que”)
Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, ao invés de simplesmente focar em como as coisas são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento destas demandas. Exemplos: “Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas”. “Eu devo ser perfeito em tudo que faço”. “Eu não deveria ficar incomodado com minha esposa”.