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COACHING

Por Anthony Portigliatti

Provavelmente, neta última década, nenhum modelo focado no desenvolvimento do ser humano tenha sido tão difundido e explorado quanto o Coaching.

Se, por um lado, tal fenômeno permitiu o acesso socializado deste processo para segmentos mais desfavoráveis da população, por outro lado, permitiu que a mídia tendenciosa passasse a explorar a prática exercida por uma massa de pseudo profissionais, os quais, sem formação adequada, acabam confundindo o exercício do Coaching com um simples treinamento, ou pior, como se os seus resultados pudessem ser comparados a um complexo processo terapêutico. Para este último, por exemplo, podemos encontrar profissionais que se oferecem ao mercado como capazes de “retirar” rapidamente bloqueios mentais que estariam impedindo o “cliente” prosperar em todas as áreas da sua vida.

Para o Coaching Pessoal (Life Coaching), esse processo pode ser entendido como o Planejamento Estratégico Pessoal do cliente.

Claro que esta imagem distorcida possui eco e atende ao desejo de uma imensa parte da população ávida por acreditar que, comprando as sessões de Coaching, receberá a fórmula mágica da felicidade e terá condições de se empoderar para atingir os mais diversos sonhos. Ou seja, trata-se de uma rua de mão dupla.

Entretanto, Coaching é muito diferente do estamos vendo na mídia em geral.

O processo de Coaching é muito sério e poderá trazer os resultados esperados se for conduzido dentro dos padrões estabelecidos por sua fundamentação matricial.

Em poucas palavras, este processo pode ser entendido como o Planejamento Estratégico Pessoal do cliente (coachee), onde, partindo do seu autoconhecimento, alcançado, por exemplo, pela ferramenta SOAR, utilizada em nossa Universidade, o mesmo refletirá sobre suas metas (objetivos com prazos estabelecidos), e fará uma análise profunda da sua própria Matriz SWOT. Desta forma, ele passa a compreender seus pontos fortes e fragilidade em relação à meta desejada, identifica as oportunidades e as possíveis ameaças existentes e, finalmente, desenha as estratégias adequadas para atingi-la.

Todo este processo deve ser conduzido por um profissional (coach), com sólida formação e experiência adequada para que o cliente (coachee) desenvolva um ferramental próprio que o capacite a continuar caminhando sozinho. Afinal, esta autonomia para agir de forma independente é um dos resultados esperados no processo de Coaching.

Palestra Coach por Anthony Portigliatti, Evento Inter Coaching Business

Na Florida Christian University-FCU, tivemos a honra de lançar, em 2006, o primeiro programa de Coaching existente no mundo no nível de bacharelado e de stricto-sensu (mestrado e doutorado). Com a produção científica e as pesquisas desenvolvidas nestes cursos, pudemos constatar a elevação do nível dos profissionais no mercado, chancelando a titulação acadêmica como um forte diferencial de qualidade. A nossa honra se estendeu para o Brail, pois dentre os dez principais protagonistas existentes nesta atividades, sete estudaram conosco.

No evento intercoating business com a participação de importantes palestrantes assim como Paulo Vieira e Daniel Goleman.

Na sua prática, o Coaching pode ser compreendido por atuar em dois universos: Coaching Corporativo e Coaching Pessoal. Universos estes, aprofundados no livro Mentoring, Coaching, Counseling: Ferramentas estratégicas para o gestor desenvolver sua equipe, escrito pelo meu colaborador de pesquisa, Dr. Sergio Behnken.

Para o Coaching Corporativo (Business Coaching), o foco da atuação está na performance profissional e atingimento de metas corporativas tendo, via de regra, o ônus do processo pago pela empresa. Neste modelo, podemos encontrar o executive coaching, focado nos cargos executivos; o leader coaching, para desenvolver lideranças; o career coaching, para alavancar carreiras e, também, o coaching de equipes, onde todo o time é atendido em conjunto.

Para o coaching Pessoal (Life Coaching), o processo está direcionado para metas pessoais do cliente, o qual se responsabiliza pelo respectivo pagamento do processo. Como exemplo de metas típicas no Coaching Pessoal, podemos encontrar desde montar o próprio negócio até como se preparar para um concurso ou adquirir mais qualidade de vida.

O que devemos ressaltar, como fechamento, é que em qualquer dos universos, o trabalho do coach não está em dar respostas ou conselhos. Está longe disto. A essência do nosso trabalho está em seguir os preceitos propostos pelo filósofo Sócrates, os quais, através da maiêutica socrática, nos leva a identificar o potencial do cliente e a utilizar as ferramentas adequadas para fazê-lo construir suas próprias estratégias no atingimento das metas por ele estabelecidas.

Fonte: Circuito Mais

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