Thumb Artigo Aguia Galinha

A Águia e a Galinha

Era uma vez um homem criador de galinhas, este criava galinhas caipiras, nanicas, carijós, do pescoço pelado e tantas outras que talvez você não conheça. Como ele morava próxima à uma floresta, as galinhas costumavam levar seus pintinhos para passear, ciscar, se alimentar dos bichinhos que haviam nesta floresta, porque eles sabiam retornar para a casa do criador.

Um dia algo interessante aconteceu: junto com os pintinhos, voltou para a casa do criador um filhote de ÁGUIA, e este começou a se familiarizar, a desenvolver os mesmos hábitos e a mesma rotina, porém este desconhecia que podia voar. O criador muito contente disse: “tenho uma espécie diferente de galinha”, sem se dar conta de que este realmente não era um pintinho.

Este recebeu então a visita de um biólogo, que ao avistar a “nova espécie de galinha” rapidamente notou que se tratava de um filhote de ÁGUA, o mesmo imediatamente passou a orientar o criador de que ele não poderia manter aquela ave convivendo com os pintinhos como se fosse um deles. O biólogo insistiu que ela deveria viver como a natureza dela lhe permite, e que voar era uma habilidade e atividade necessária para ela, que sua espécie necessita estar em outros ambientes, desenvolver a pesca, e com isso ele começou a estimular o filhote jogando-o para cima com o objetivo de que ele tentasse voar, mas este caia ao chão. Tentou por diversas vezes, até ter a certeza de que este não havia desenvolvido a habilidade de voar. O criador ao observar as tentativas frustradas do biólogo, voltou a insistir que este era sim um pintinho. Mas, o biólogo persistente, combinou com o criador que ele levaria a ÁGUIA para o alto das montanhas para que juntos pudessem ensinar o filhote a voar, o criador concordou, mesmo não acreditando que seria possível, pois ele continua a insistir que a ÁGUIA era uma GALINHA.

Foram até a montanha, nas primeiras tentativas, quando o biólogo soltava o filhote de águia o mesmo batia as asas e não conseguia voar, o biólogo utilizou as técnicas que conhecia e insistiu nas tentativas, até que o filhote aos poucos começou a bater as asas desajeitadamente, passou a se familiarizar, foi adquirindo a melhor forma de executar, notou o espaço e a liberdade que estava disponível até que após muitas tentativas a ÁGUIA estava PLANANDO, VOANDO como é de sua natureza. O criador então se convenceu de que estava atuando contra a natureza daquela espécie, tentando impor hábitos e limitantes que não condiziam com as habilidades naturais daquela ave.

CONCLUSÃO: Quantas vezes promovemos uma pessoa com o desejo de que esta execute a posição de LIDERANÇA, mas sem observar que esta habilidade e competência não fazem parte da sua NATUREZA. Muitas vezes forçamos a barra, queremos que este seja uma ÁGUIA, sendo que o mesmo possui a personalidade e os hábitos de uma GALINHA. E o mesmo ocorre, quando não estamos integrados e não conhecemos o perfil de cada pessoa de nosso time, e designamos GALINHA para desenvolver o papel da ÁGUIA. Esta percepção, esta análise comportamental precisa ser desenvolvida pelos líderes, para que não designemos funções inapropriadamente.


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Por Marli Paink Coaching.

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